12.3.16

Cultura Judaica




A cultura Judaica actual, moldada por dois mil anos de tradição rabínica, engloba os aspectos da vida das comunidades Judaicas, integradas nos diversos povos e culturas. Entre os principais aspectos da cultura Judaica podemos realçar a língua, o vestuário e a alimentação.


Locais de culto


Templo de Jerusalém - é o nome dado ao principal centro de culto do povo de Israel, onde se realizavam as diversas ofertas e sacrifícios conhecidas como o korbanot. O Templo de Jerusalém situava-se no Monte Moriá , ao Norte do Monte Sião. Foi o sucessor do Tabernáculo construído pelo profeta Moisés segundo a revelação divina recebida no Sinai.

De acordo com a tradição judaico-cristã, o Primeiro Templo teve sua construção iniciada no terceiro ano do reinado de Salomão e concluída sete anos depois. Segundo a Bíblia, em Reis e em Crônicas foi seu construtor Hirã, que a lenda maçônica narra como sendo Hiram Abiff. Foi saqueado várias vezes e acabou por ser totalmente incendiado e destruído por Nabucodonosor II, em 587 a.C.

O Segundo Templo foi reconstruído durante a dominação persa, no mesmo local. Sofreu modificações com o rei Herodes, o Grande. Acabaria também por ser destruído em 70 DC, desta vez pelas legiões romanas comandadas pelo general Tito. Deste templo atualmente só restou o que conhecemos como o Muro das Lamentações.

Sinagoga -  é o local de culto da religião judaica, sendo desprovido de imagens religiosas ou de peças de altar e tendo como o seu objeto central a Arca da Torah. O serviço religioso da sinagoga é feito todos os dias, sendo alguns envolvendo leituras da Torah, a peça central da sinagoga, cujos rolos são retirados da Arca e transportados até o púlpito.


Símbolos do Judaísmo


Os símbolos judaicos são parte de uma cultura muito rica. Porém, alguns seguidores não dão valor a estes símbolos ,ou mesmo saber o que eles significam. Alguns deles são essenciais para a religião como a Menorah e a estrela de David. 


A Menorah é um dos mais antigos símbolos da fé judaica. É um candelabro com sete braços que representa Israel e o judaísmo.

A Estrela de David , estrela de seis pontas feita com dois triângulos equiláteros, é o simbolo do judaísmo desde o século dezassete antes de Cristo.




Textos Sagrados


Torah                                 Neviim                                         Ketuvim

Génesis                               Josué                                           Salmos
Êxodo                                 Juízes                                           Job
Levítico                              Samuel                                        Provérbios
Números                             Reis                                             Rute
Deuterónimos                     Isaías                                           Cântico dos Cânticos
                                           Jeremias                                       Eclesiastes
                                           Ezequiel                                       Lamentações
                                           Doze profetas                               Ester
                                           Menores                                       Daniel
                                                                                                Esdras-Neemias
                                                                                                Crónicas


Alimentação Kosher


No Brasil, estima-se que vivam cerca de 180 mil judeus, daí ser um “ramo” importante dentro da alimentação, não é mesmo?! A palavra kosher, significa “permitido”, “próprio” ou “bom” e essas regras alimentares estão descritas na Torá, o livro sagrado dos judeus, que acreditam que o alimento deve nutrir não só o corpo como a alma também.

Seus preceitos referem-se ao modo de preparo e também à combinação entre os alimentos numa mesma refeição. Ela é baseada em três pilares:

– Carne: Pode-se consumir apenas animais que possuam o casca fendido e que ruminam, tais como: vaca, carneiro, bode e cervo. Porco e coelho estão excluídos. As aves permitidas são: frango, peru, ganso, faisão e pato mas, as de rapina, por se alimentarem de outros animais, são proibidas. Quanto aos pescados, só podem os que possuem barbatanas e escamas, crustáceos e moluscos não podem. Um animal não pode sofrer ao morrer, para isso, deve-se seguir um ritual no abate. O sangue não pode ser consumido, pois esse representa a própria essência e característica do ser. Por isso, todo o sangue deve ser extraído das carnes e, basicamente, utilizam dois métodos para isso: molhar e salgar ou assar.

– Leite e derivados:  O rabino deve acompanhar tanto a ordenha quanto o engarrafamento, onde é verificada a procedência do animal ou mesmo a ausência de mistura de um alimento kosher e outro não. No caso dos derivados, averigua-se o leite utilizado e ainda, se não houve a utilização de utensílios usados na manipulação de carnes.

– Parve: Essa palavra resigna produtos que crescem na terra e seus derivados, ou seja, frutas, legumes, verduras e cereais. Podem ser usados sem restrição. Os ovos podem ser usados com carne ou com leite mas, se tiver um pingo de sangue no ovo, não pode ser utilizado. Os vinhos oriundos do fruto da parreira, apenas esses, devem ser supervisionados.

Além disso, não se pode misturar carne com leite e derivados, seja no preparo,  no armazenamento ou mesmo no consumo. Utensílios e equipamentos usados para laticínios devem ser utilizados de forma exclusiva.



Kosher


O selo do certificado judeu kosher, como a imagem desse post, é um dos mais importantes e rígidos do mundo. Então, pode confiar fielmente em sua qualidade. Para receber esse selo, os alimentos precisam ser preparados sob a supervisão de um rabino. O selo é renovado anualmente com uma nova visita do rabino, e ainda, com inspeções surpresas ao longo do ano.





Atualmente, há uma variedade de estabelecimentos que comercializam produtos kosher, há restaurantes também e até hospitais, como o Einstein que disponibilizam esse cuidado com seus clientes/pacientes.