Museu do Baralho de Altenburg



Você já parou para pensar na variedade de formatos, jogos e histórias que conseguimos encontrar quando falamos em baralhos? Acabamos sempre pensando nos nossos baralhos de casa, aqueles parceiros de anos, que jogamos sempre com a família e os amigos. Mas são centenas de formatos, cores, naipes e histórias envolvidas em cada deck espalhado pelo mundo. Foi exatamente isso que fomos descobrir no Museu do Baralho, em Altenburg, na Alemanha!

Nós somos o Fê Pacheco e a Debbie Corrano, do blog Pequenos Monstros. Nós viajamos o mundo com nossos dois cachorros enquanto trabalhamos pela internet. Por causa disso, conseguimos explorar algumas das coisas mais legais que existem por aí. A Copag nos convidou para conhecer o Spielkartenmuseum, que fica dentro de um palácio nessa cidade alemã de pouco mais de 30 mil habitantes.

Não precisa nem dizer como o Fê, que coleciona baralhos há oito anos e tem mais de 200 decks diferentes, ficou empolgado com a viagem, né?

Altenburg era uma residência real e foi lá onde surgiu o jogo de cartas Skat, um dos mais populares da Alemanha. Até hoje a cidade se orgulha de ser a origem desse jogo, que lembra um pouco o nosso truco só que jogado em três pessoas.

Mas Altenburg já é antiga nessa história de baralhos. Mais especificamente desde o século XV, quando a criação era feita por um método completamente artesanal e individual. Cada carta era entalhada em madeira e meio que carimbada em um papel grosso com a ajuda de uma prensa. Se quisessem colocar uma corzinha, a pintura era à mão, carta por carta, que depois eram cortadas. Assim, finalmente formavam o deck completo. Imagina o tempo que um baralho demorava para ficar pronto?

Conforme a forma de produção foi evoluindo – tanto na cidade, como no mundo –, trocaram a madeira por placas de cobre e, alguns séculos depois, por pedra. Tudo isso para deixar a carta cada vez com mais detalhes e em melhor qualidade.

Com todo esse processo artesanal, feito de forma tão delicada, os baralhos eram tratados quase como joias. Com razão, né? Agora a gente já ganha um deck de cartas desde criança para jogar rouba-monte – quem nunca? –, mas nessa época nem tinha como ser assim. Eles cuidavam tão bem delas que costumavam guardar as cartas em uma prensa específica, pequenininha, garantindo que elas continuassem retinhas e boas de jogar. Na hora do próximo jogo, era só abrir a prensa e dar as cartas. As crianças só ficavam com aquelas cartas que já estavam quase sem cor de tão usadas.



Você já parou para pensar na variedade de formatos, jogos e histórias que conseguimos encontrar quando falamos em baralhos? Acabamos sempre pensando nos nossos baralhos de casa, aqueles parceiros de anos, que jogamos sempre com a família e os amigos. Mas são centenas de formatos, cores, naipes e histórias envolvidas em cada deck espalhado pelo mundo. Foi exatamente isso que fomos descobrir no Museu do Baralho, em Altenburg, na Alemanha!

Nós somos o Fê Pacheco e a Debbie Corrano, do blog Pequenos Monstros. Nós viajamos o mundo com nossos dois cachorros enquanto trabalhamos pela internet. Por causa disso, conseguimos explorar algumas das coisas mais legais que existem por aí. A Copag nos convidou para conhecer o Spielkartenmuseum, que fica dentro de um palácio nessa cidade alemã de pouco mais de 30 mil habitantes.

Não precisa nem dizer como o Fê, que coleciona baralhos há oito anos e tem mais de 200 decks diferentes, ficou empolgado com a viagem, né?

Altenburg era uma residência real e foi lá onde surgiu o jogo de cartas Skat, um dos mais populares da Alemanha. Até hoje a cidade se orgulha de ser a origem desse jogo, que lembra um pouco o nosso truco só que jogado em três pessoas.



A produção do baralho já foi bastante dependente do trabalho manual


Mas Altenburg já é antiga nessa história de baralhos. Mais especificamente desde o século XV, quando a criação era feita por um método completamente artesanal e individual. Cada carta era entalhada em madeira e meio que carimbada em um papel grosso com a ajuda de uma prensa. Se quisessem colocar uma corzinha, a pintura era à mão, carta por carta, que depois eram cortadas. Assim, finalmente formavam o deck completo. Imagina o tempo que um baralho demorava para ficar pronto?

Conforme a forma de produção foi evoluindo – tanto na cidade, como no mundo –, trocaram a madeira por placas de cobre e, alguns séculos depois, por pedra. Tudo isso para deixar a carta cada vez com mais detalhes e em melhor qualidade.

Com todo esse processo artesanal, feito de forma tão delicada, os baralhos eram tratados quase como joias. Com razão, né? Agora a gente já ganha um deck de cartas desde criança para jogar rouba-monte – quem nunca? –, mas nessa época nem tinha como ser assim. Eles cuidavam tão bem delas que costumavam guardar as cartas em uma prensa específica, pequenininha, garantindo que elas continuassem retinhas e boas de jogar. Na hora do próximo jogo, era só abrir a prensa e dar as cartas. As crianças só ficavam com aquelas cartas que já estavam quase sem cor de tão usadas.

Foi possível conferir todo tipo de baralho em Altenburg, dos mais familiares aos mais diferentes. É tão legal imaginar essa produção artesanal das cartas que o museu criou um workshop todinho dedicado à forma original: com carimbo de madeira e prensa. Recebemos luvas, avental, formas, tintas e papéis e, junto de um instrutor, fizemos os nossos próprios baralhos, passando até por uma prensa manual parecida com a que eles usavam antigamente. No fim, levamos para casa nossa folha de baralhos artesanais criada por nós mesmos!


Esse processo manual rolou por quase três séculos ali pela região, mas no século XVIII finalmente a primeira fábrica de baralhos foi criada em Altenburg – que produz baralhos até hoje.

A coleção de baralhos do museu é imensa, com cartas de dezenas de países, uma seleção enorme de curingas e um monte de decks com formatos especiais. Ali dá pra ver claramente o tanto de jogos, histórias e pessoas que o baralho consegue juntar. Os naipes são diferentes, os formatos, as ilustrações, a forma como cada elemento é posicionado, tudo. Dá para contar a história de um povo se pararmos para analisar cada pedacinho do seu estilo de baralho.

A história de Altenburg, por exemplo, está bem ligada ao Skat, que possui uma sala própria no museu. Lá dentro você encontra até uma reprodução da fonte que eles têm na cidade em homenagem ao jogo. Sim, tem a Fonte do Skat na cidade! É bem engraçado como as placas orgulhosamente a apresentam como “a única fonte dedicada a um jogo de baralho do mundo”. Vamos criar uma de truco no Brasil?

Nossa volta pelo museu acabou com a guia e a tradutora super empolgadas nos contando algumas histórias famosas sobre baralhos. Da época que eles eram proibidos pela igreja por serem ~do mal~, até sobre como eles representam jogos democráticos, que podiam servir para crianças, mulheres e homens jogarem jogos diferentes com um mesmo deck.

Depois de conhecermos o museu, demos um pulo na cidade para explorar um pouquinho mais e ficamos caçando referências aos baralhos por ali. Dentre as tampas de bueiro com naipes do baralho alemão e uma loja com baralhos antigos vendidos para colecionadores, encontramos até alguns da Copag para vender! Em uma cidade tão apaixonada por baralhos, não podia faltar, né?